"Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir. O que confesso não tem importância, pois nada tem importância. Faço paisagens com o que sinto." Bernardo Soares - Livro do desassossego
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Vivendo o dia a dia
Vivendo o dia a dia
O dia ficou noite,
E a noite não trás o dia
Como o dia trouxe a noite…
Agora no túnel da vida,
Não me vejo, nem me sinto
Apagou-se a luz ao fundo
Ando, apenas, por instinto…
Tapo a cara com a máscara,
A tristeza com um sorriso,
Talvez ele se cole á alma
E me dê o que preciso…
Juízo para sonhar,
Que nada me amedronte,
Força nova para Amar
Seguir contigo o horizonte.
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Quero ficar aqui
Quero ficar aqui
Encostada ao meu luar
Pois estou de negro
E de negro ficarei
Até esta dor voar…
Quero ficar aqui
Não te quero ouvir, nem falar,
Não te quero sentir, nem esquecer
Não quero abrigar-me na paz do teu peito,
Nem iluminar-me do teu desejo.
Quero ficar aqui.
Quero ser o raio e a chuva
O clarão e a trovoada
Quero que o meu corpo se desmembre
E me perca nesta alvorada
Quero ser e mais nada!
Então, serei o átomo perdido,
Uma raiz desenterrada,
Sem passado, nem futuro
Serei! Numa gota de água.
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