"Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir. O que confesso não tem importância, pois nada tem importância. Faço paisagens com o que sinto." Bernardo Soares - Livro do desassossego
quarta-feira, 6 de abril de 2016
Desvanece...
Estes eram os dias em que a alma ardia
Em que a dor te envolvia como um manto
Em que a tempestade se apagava no pranto…
Estas são as noites em que o frio invade
Pelo corpo se espalha como doença
Em que o esquecimento é a sentença.
Por fim, vencida pelo cansaço,
De uma espera sem esperança
Escureço num sono sem lembrança
Não consigo segurar a luz da tarde,
Este perfume que ao ar pertence
Nem a tua imagem que desvanece…
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